Os estudantes estão atentos a tudo. Por isso, os professores devem ter consciência de que ensinam muito além de suas palavras.
A palavra nem sempre é validada por expressões e atitudes. O rosto e olhar, por exemplo, revelam alegria ou tristeza, simpatia ou rejeição, e confirmam ou contradizem o que uma pessoa fala. Todos nós como educadores somos como personagens em uma grande peça: todos nós representamos papéis. Em situações de convívio familiar ou na sala de aula, projetemos imagens que, como máscaras teatrais, qualificam nossas ações. É possível que um sorriso expresse ternura ou desprezo e o silêncio demonstre ou consentimento ou recusa. TALVEZ DIGAMOS MAIS COM ATITUDES QUE COM PALAVRAS.
Nossos filhos e alunos aprendem lições ocultas que reforçam ou negam o que queremos ensinar. Uma criança que brincou na terra e é lavada com carinho aprende a associar higiene e afeto. Outra, maltratada pela mesma razão, pode passar a detestar banhos. Um menino que apanha por agredir outro menor tem sua violência validade e aprende a não bater mais no fraco na presença do mais forte. Um estudante humilhado por estar desatento pode aprender o desrespeito e passar a fingir atenção.
Mais do que as palavras, a atitude do professor promove participação ou passividade, cooperação ou individualismo, esperança ou desalento. Reunir alunos em circulo em vez de perfilá-los é sinalizar a importância da interação na aprendizagem. Tomar um livro de Ciências como fonte única de informação é ignorar a capacidade de investigação do jovem. Admitir que uma criança, por ser obesa, não participe de um jogo é aceitar que nem todos têm o direito de viver o esporte. Perguntar se a turma é grata a Dom João por nos trazer a corte, á Inglaterra por nos vender seus produtos e a Napoleão por ter começado a confusão é convidá-la a pensar nossa historia dos últimos 200 anos , não a memorizá-la.
São incontáveis os exemplos, mas a idéia é que devemos ter consciência das mensagens implícitas em nossas atitudes e expressões e de que isso pode ser mais importante do que outras sabedorias, pois os alunos também buscam sentidos, e não apensas informações. A imagem que projetamos atinge os alunos mais profundamente do que os conceitos que explicamos. Por isso, a coerência entre nossas palavras e nossas atitudes, nossa confiança na vida e nosso apreço pela cultura são essências. Assim evitamos desvios de comportamento, como o e professor “desbravador” disposto a desafiar a “selva escolar”, do “justiceiro” querendo impor a “lei e a sua ordem” e do “derrotado”que já chega à espera do sinal de ir embora.
Sempre desempenhamos um papel, e é melhor fazer isso conscientemente. O que complica, para alguns professores, é o roteiro ser sempre reescrito e os personagens mudarem todo ano no cenário das classes. MAS É NISSO QUE ESTÁ A GRAÇA DA NOSSA PROFISSÃO!
Um comentário:
Parabéns, minhas queridas!!!
Só senti falta da ilustração neste post de avaliação!!!
Continuem se aprofundando nas temáticas voltadas para a melhoria da educação!! Vcs são as alavancas da mudança no processo de ensino-aprendizagem!! Confio e conto com a ajuda de vcs nessa imensa e maravilhosa tarefa!!!
Muitos Beijos!!
Liliana
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