sexta-feira, 18 de julho de 2008

O dilema da inclusão



Tema tão debatido nos dias atuais, a inclusão social significa a inserção de pessoas que não atendem determinados critérios estabelecidos por certo local.A lógica da exclusão apóia-se no sistema de classes, onde pessoas são classificadas por critérios que possuem em comum e as que não os possuem são excluídas e um grupo.Temos como exemplo, pessoas que possuem dificuldades na aprendizagem, limitações físicas, portadores de síndrome de down, entre outros.
Cláudia Werneck, idealizadora e presidente da Escola de Gente – Comunicação em Inclusão acredita que incluir não é simplesmente colocar para dentro quem está fora. “O conceito de inclusão nos ensina não a tolerar, respeitar ou entender a deficiência, mas sim a legitimá-la, como condição inerente ao ‘conjunto humanidade’. Uma sociedade inclusiva é aquela capaz de contemplar sempre, todas as condições humanas, encontrando meios para que cada cidadão, do mais privilegiado ao mais comprometido, exerça o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comum.”, analisa.


O que a maioria das pessoas não compreendem é que a diversidade faz o enriquecimento. A habilidade que uma pessoa não possui, a outra tem, uma completa a outra! Uma outra questão que não se pode esquecer é que, se pararmos para pensar, todos nós de alguam forma possuiímos defeitos e se fossemos excluir segundo a ordem de classse, também seríamos excluídos.

Apesar de atualmente a maioria dos países apresentarem alguma legislação que assegura os direitos de todos os cidadãos igualmente, poucas sociedades estão preparadas para exercer a inclusão social em plenitude.

A necessidade de se construir uma sociedade democrática e inclusiva, onde todos tenham seu lugar é um consenso. Segundo especialistas, o Brasil é um dos países que tem uma das legislações mais avançadas sobre acessibilidade.

Tivemos um excelente presente quando realizamos estágio em uma escola diferente da nossa. Nos deperamos com uma turma de aproximadamente vinte e cinco alunos, sendo que nesta sala havia a prática da inclusão. A mais visível foi a de uma criança portadora de síndrome de down . Constatamos que a inclusão há em partes, pois esta criança é incluida socialmente , porém não cognitivamente. Há sala de recursos, salas especializadas para a prática de inclusão, contudo não é utilizada como deveria.

Teóricamente o lema da inclusão é muito admirável, que obtém resultados, todavia na prática não ocorre o mesmo. O que se encontra são salas numerosas, professores desqualificados, desinteresse governamental e por parte dos pais, entre outras características que atravancam o processo.
Por Natália Sobrinho e Nathália Barros