No dia 17 do mês de junho começamos nossos estágios na Escola Municipal Maria Lúcia. Logo, no primeiro dia observamos que não seria algo fácil, pois percebemos as diferenças existentes entre essas duas realidades: escola pública e escola particular. Porém, ambas tem o mesmo objetivo: ENSINAR.
Aos poucos fomos conhecendo e nos integrando à turma, que se mostrou muito receptiva com a nossa presença. Durante todo nosso período na escola procuramos sempre colaborar com a professora, pois a turma apresenta alunos com certas dificuldades na realização das tarefas, com isso nosso apoio foi fundamental para estarem realizando as mesmas.
Tivemos a oportunidade de vivenciar algo enriquecedor para a nossa formação docente: a inclusão social. Como já foi comentado anteriormente, em nossa turma existe uma aluna que apresenta a Síndrome de Down. Neste contexto, observamos e verificamos o quão complexo é essa questão. Geralmente, na prática os professores da rede pública não têm um acompanhamento, um apoio para trabalhar com aquela criança. É difícil para o próprio professor mediar essa situação. A criança portadora de necessidades especiais aprende em um ritmo diferente das demais, assim necessita de um acompanhamento para auxiliar esse processo de ensino. O nosso objetivo não é criticar a inclusão, mas sim colocar em análise que o fato da criança portadora de necessidades especiais estar na sala de aula no ensino regular, não quer dizer que se está praticando a chamada inclusão. Já que, professores sem recursos e preparo acabam não oferecendo uma assistência para que aquela criança consiga progredir.
Como diria Paulo Freire, “Um dos grandes pecados da escola é desconsiderar tudo com que a criança chega a ela. A escola decreta que antes dela não há nada” ((http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire). Essa citação é bastatnte pertinente ao falarmos de um ensino público, pois apresenta várias realidades em um mesmo contexto escolar. Sendo assim, é fundamental que o professor faça um reconhecimento do que os alunos aprederam antes de ingressar na escola, incluindo os valores ensinados por suas familias. Assim, conhecendo as habilidades, as dificuldades, o contexto social dos alunos, o docente adquire bases para iniciar o seu trabalho.
Não poderíamos deixar de relatar que uma grande parte da população apresenta a seguinte visão da escola pública: uma escola carente, mal estruturada, professores desqualificados e incompetentes, etc.. É válido lembrar que essa idéia é ignorante, pois generaliza e discrimina sem antes conhecer. Nós tivemos a oportunidade de estar em contato com essa realidade, e sem dúvida apresenta falhas. Ao mesmo tempo, verificamos a presença de professores excelentes, alunos aplicados, funcionários engajados. Além disso, não podemos nos esquecer de que a escola pública é a instituição que mais abriga alunos no país. Sendo assim merece incentivo governamental e coragem de seus integrantes para fazer da rede pública um modelo de ensino.
Seu Futuro e da sua cidade depende de VOCÊ!
Há 16 anos